sexta-feira, 8 de março de 2013

BJ


Rubor, 
tremores,
suor,
gemidos.

 Mais uma vez ela gozou.
(Linda! Sempre imaginei aquela cena em um filme).

Eu não. Olhei as horas, acendi um cigarro. 
Tive vontade de dizer eu te amo.

Não disse.
Tive medo do...

...

 “eu também”.

Em que momento “ eu te amo”,  “eu te amo muito”, “eu te amo do tamanho do universo” se transforma em “ eu também”?

Em que momento  “um beijo nessa boca linda”, “beijão”, “ beijinho”, “ beijoca” vira

 bê
 jota?

Quando “ te ligo” deixa de ser vontade, desejo de entrar em contado pra virar um jeito sutil de dizer “ não me ligue, por favor”?

Queria saber.
Queria ser capaz de precisar esse momento.
Porque se eu soubesse exatamente quando isso acontece...

... iria embora antes.

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