sábado, 27 de junho de 2015

Estela

Ela não fala sobre sentimentos. Mas às vezes fala [súbita]
E eu com esta minha mania , necessidade, vício de querer transformar todas as reações químicas e impulsos eletromagnéticos em palavras, textos, poemas...
Monólogos infinitos recheados de hipérbole e drama!
Uso analogias caiçaras e transformo o que não tem nome nem forma em algo que possa ser compreendido, visto, tocado...
Falo de mar, sal, vento,  ondas.
Mas ela é de serra, e tem medo de cair do barco.
Enquanto eu, que nada entendo de seus verdes e cheiros de terra molhada imagino-me em pé em cima do barco.
Braços abertos, peito aberto... cheiro de sal preenchendo os pulmões!

E como a analogia não funciona, o que não tem nome, nem forma, nem pode ser ouvido volta ao seu silêncio.

Eu não!
Verborrágica.
Karina Buhr me disse hoje que depois de tampo verbo a pessoa morre. Eu vivo!



Contino...

Gosto de Lua crescente, céu sorrindo. Ela de nova. Estranho.
É que ela gosta de estrelas!
E sorri com os olhos brilhantes.
Lua crescente em noite de nova e céu nublado!
Calei-me.

Há coisas que devem mesmo ser apreciadas em silêncio

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